No dia 25 de Abril de 2010, no post [993.], afirmei aqui no blog o seguinte:

«O meu discurso até pode parecer reaccionário. Mas também já todos
estamos fartos dos discursos revolucionários da treta que acabam por defender
teses de um espirito anti-democrático profundo e intransigente (ouvi, hoje, um
que me envergonhou, nas cerimónias na Câmara Municipal da Mealhada). “Das duas uma” ou se defende a Democracia e se aceita a decisão do Povo como soberana, aceitando que o Povo escolha mesmo aqueles que nós entendemos não conseguirem servir o país, ou não se defende a Democracia e se declara que os portugueses não estão preparados para votar, como defendiam os responsáveis políticos do Estado Novo. Ou estamos com a Democracia, com as suas vantagens e desvantagens, ou estamos do lado da Oligarquia.
Não é preciso mais um “25 de Abril de 1974”, como também não é preciso mais um “25 de Novembro de 1975”! Precisamos de mais “25 de Abril de 1975” (Eleições para Assembleia Constituinte), precisamos de mais “27 de Junho de 1976” (primeiras eleições para a Presidência da República), precisamos de mais “12 de Dezembro de 1976” (primeiras eleições autárquicas), e precisamos de mais “25 de Abril de 1976” e de “5 de Outubro de 1980” (eleições legislativas). Disso é que precisamos!»
Hoje, envergonhado, e depois de ter assistido ao que se passou na vida política portuguesa desde sábado passado, com a corda ao pescoço como o Egas Moniz, só me resta afirmar:RETIRO O QUE DISSE!E mais não digo… para já!