“Fica, enquanto não fores, será sempre tempo de partires, 
Por que queres tu que eu fique?, 
Porque é preciso, 
Não é razao que me convença, 
Se não quiseres ficar, vai-te embora, não te posso obrigar, 
Não tenho forças que me levem daqui, deitas-te um encanto, 
Não deitei tal, não disse uma palavra, não te toquei, 
Olhaste-me por dentro, 
Juro que nunca te olharei por dentro, 
Juras que não o farás e já o fizeste, 
Não sabes de que estás a falar, não te olhei por dentro, 
Se eu ficar, onde durmo?, 
Comigo.” 
Memorial do Convento, 
conversa entre Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas