“Se estamos todos muito bem preparados para reclamar liberdade para nós próprios, menos dispostos parecemos para reclamar, sobretudo, liberdade para os outros, ou para lhes conceder a liberdade que está em nosso próprio poder. Se conhecêssemos melhor a máquina do mundo talvez descobríssemos que muita tirania se estabelece fora de nós como se fosse a projecção, ou como sendo realmente a projecção, das linhas autocráticas que temos dentro de nós. Primeiro oprimimos, depois nos oprimem. No fundo, quase sempre nos queixamos dos ditadores que nós mesmos somos para os outros

– Agostinho da Silva, “Sobre as Escolhas”