α
PARTIDOS POLÍTICOS
– Já houve uma altura em que eu ficava entusiasmado com o nascimento de um novo partido politico em Portugal. Hoje acredito que os partidos políticos portugueses estão condenados. E que o desafio dos politólogos é descortinarem formas diferentes de organização dos individuos no acesso ao sufrágio do Povo. Por isso, fico muito surpreendido que haja tanta aceitação na proliferação que estamos a observar de novos partidos políticos. Ainda por cima porque a maior parte deles são constituídos por dissidentes de outros partidos – Rui Tavares, Joana Amaral Dias, Quartin Graça, Eurico Figueiredo – ou então por elites que não se querendo misturar com os do costume criam um partido à sua medida – Marinho Pinto, Paulo Morais, Mendo Castro Henriques. Tenho pena, efectivamente, que se criem novos partidos, e não haja a vontade de pensar Partidos Novos.

β
HERBERTO HÉLDER
– Hoje, que morreu, tenho lido que Herberto Helder é o maior poeta português do século XX. Hoje, que morreu, teremos de saudar o morto. Mas, hoje, que morreu, parece-me arriscado o epiteto. Não sou capaz de dizer que Hélder é melhor que Torga, ou Mourão-Ferreira, ou Cesariny, ou Natália Correia, ou Graça Moura. Hoje, que morreu, desapareceu um poeta, finou-se uma flor de fragância na literatura portuguesa.

γ
MEDO
– Uma boa razão para ter medo de ir à aguinha quente no Algarve: Metoposaurus algarvensis…
“Antes de os dinossauros reinarem, houve uma criatura que metia muito respeitinho nos lagos e rios. Era uma espécie de super-salamandra, com uns toques de crocodilo, com uma boca que mais parecia uma retrete, tal era o desenho plano e a forma como abria. Esta espécie, que presenciou o surgimento dos dinossauros, viveu há mais de 200 milhões de anos. Agora, uma equipa de investigadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, descobriu ossadas da espécie Metoposaurus algarvensis… em Loulé, no Algarve, conta o Telegraph”. in Observador