É bom voltar a ler o Diário de Notícias. Hoje, li lá que

«Mudar o sistema eleitoral é a mãe de todas as reformas»,

diz o presidente da SEDES, Álvaro Beleza. Assegura ele que 65,2% dos eleitores gostariam de eleger os seus representantes de forma mais direta. Mas não há eleição mais direta do que a do Presidente da República… e nas Presidenciais de 2016 houve 51,34% dos portugueses eleitores que não foram às urnas. 

É impressão minha ou há aqui qualquer coisa estranha?

A diretora do DN, Rosália Amorim (33% dos jornais nacionais que leio diariamente são dirigidos por mulheres) na edição de hoje, assevera que:

«Na passagem de ano, foram feitas previsões sobre os enormes desafios que há para 2021 e não paramos de discutir “lapsos” políticos, em vez de ideias para o país. Isto aplica-se aos debates das presidenciais, que se estendem até dia 12, em que os confrontos entre os candidatos pouco ou nada esclarecem em termos de uma estratégia para o futuro e, muito menos, sobre o papel do Presidente para os próximos cinco anos. Com exceções, tem-se optado pelo ruído e o atropelo. Depois, a culpa dos resultados, no dia 24, será apenas da abstenção?».

É impressão minha ou a senhora diretora do DN está a criticar os colegas jornalistas e comentadores?

[2450.] ao #15261.º