Ao som de «Perfídia», por Ibrahim Ferrer

[2498.] ao #15571.º

Escolhemos a noite de São Martinho para irmos jantar a Castelo Branco. Gosto muito de cozinhar… e as minhas sopinhas estão cada vez melhores… mas também sabe bem ir jantar fora.

E a escolha albicastrense foi o Restaurante Dona Ferreirinha, na Rua Tomás Mendes da Silva Pinto.

O espaço é agradável, bem decorado, intimista. Pequenino, é certo, mas com distanciamento confortável. A mesa estava já posta com guardanapos de pano.

Para entrada, azeitonas, um cesto de pão variado e apetitoso e sapateira muito saborosa.

Comi uma ‘Sopa de Peixe do Mar com coentros e pão frito’. Eu adoro sopas de peixe e não resisto a experimentar (então esta garantia não ser nem de rio… nem de viveiro… mas do mar!). Gostei muito. Estava deliciosa. Suave, cremosa, apaladada, com suculentos pedaços de peixe. Com a frescura dos coentros frescos e o crocante do pão frito em azeite, estava soberba.

De uma ementa vasta e muito variada eu fui pelo mais tradicional e a Inês foi pelo menos habitual. A minha escolha recaiu sobre um ‘Arroz de Lebre à Malandrinho’, que estava aceitável. Confesso que as expetativas criadas pela sopa pediam um pouco mais… A lebre foi cozinhada em vinho (a ementa garantia que branco… mas eu não juraria) e não perdeu a acidez do néctar. O arroz terá estado à espera que eu comesse a sopa e desmalandrinhou-se… Mas, apesar disso, no computo geral estava aceitável.

A Inês optou por ‘Peito de Pato Rosado com Molho Doce’. Eu vou pelas escolas endógenas… e normalmente lixo-me. Voltou a acontecer. O Pato estava fantástico. Estava bem cozinhado, suave, o molho com vinho do Porto e Natas estava muito bom e a combinação sublime. Acompanhavam o pato batatas fritas, de batatas verdadeiras e fritas como deve de ser… mas confesso que o pato e o molho mereceriam acompanhante mais glamoroso… Fica a sugestão.

Para beber optámos por um Quinta do Cardo de 2016, tinto Beira Interior. Cumpriu e acompanhou bem.

Na sobremesa eu fui pelas ‘Farófias à Moda da Avó’, que no meu caso têm sempre como comparação de sublimação as da Tia Ilda. Estas estavam boas, mas em quantidade exagerada. Decorava (apenas isso por não fazer mais falta nenhuma) uma folhinha de hortelã e alguns morangos. A Inês foi ao ‘Requeijão com Doce de Abóbora’ que valoriza tanto como eu estou preso às sopas de peixe… Não provei, mas ela elogiou. Decoravam o requeijão, uns moranguinhos irmãos das minhas farófias e então ali é que não se compreendeu a utilidade.

Cafezinhos para rematar e uma conta de mais ou menos trinta euros por pessoa.

Voltaremos e recomendamos.

Não comemos castanhas… mas celebrámos o São Martinho!

#SerFelizÉFácil! #D’Abalada