A entrada do Rei Otto da Grécia em Atenas e a sua recepção em frente ao tempo de Teseu, em 1833
Óleo sobre tela (250 x 415 cm)
Peter von Hess, em 1839
da Pinacoteca nacional em Munique
Hoje é o Dia Nacional da Grécia. É, também, o dia em que os parceiros europeus discutem em Bruxelas, a 27, o que é que se há-de fazer à Grécia. Barroso já afirmou que tirar o país da zona euro não é solução… Ou seja, os parceiros vão ter de continuar a financiar a salvação da Grécia.
A Grécia é o berço da civilização ocidental. Não tem muita tradição como país, mas todos temos um carinho especial por ele (tirando quando nos rouba os campeonatos Europeus de futebol)… A Grécia está para a Europa como a Académica de Coimbra e o Belenenses estão para os portugueses… toda a gente gosta deles.
E a mim, que conheço a Grécia (Interrail em 1997), é-me uma terra particularmente querida. É um disparate dizer que somos como os gregos. Não é verdade. Eles ainda têm muitos resquicios dos turcos (otomanos) e não há semelhanças relevantes entre eles e os latinos (apesar de haver quem queria fazer a anlogia).
Chateia-me que a Grécia seja, hoje, adjectivo, ou metáfora para ilustrar um país que não resultou como nação e que está à beira da banca-rota. A Grécia é, apesar de tudo uma grande nação, que não merece ser amesquinhada.
Em Iovis dies (dia de Júpiter) aqui se colocam pinturas. A de hoje é uma homenagem à Grécia. Em 25 de Março de 1821, os gregos começaram a sua Guerra da Independência relativamente ao Impréio Otomano. Essa guerra acabou, de facto, em 1832, com o reconhecimento da Grécia como país independente e com a coroação de Otto, como primeiro Rei da Grécia – apesar de ele ser Principe da Bavária, o segundo filho do rei desse reino, e ter recebido o trono da Grécia por convenção das potências da época.
O quadro que se apresenta só pretende ilustrar a leitura nacionalista e politica que a pintura – como as nossas metáforas actuais sobre a Grécia – pode promover. Há imensos quadros de muitos filelenistas, como Delacroix, por exemplo. Deste autor, há obras – como o ‘Massacre de Chios’, ou ‘O combate de Giaour e Pasha’ que ilustram aspectos históricos desta Guerra da Independência grega.
Ζήτω το ελληνικό έθνος
Viva a Nação Grega!