Comprei hoje o segundo volume de «Jesus de Nazaré» de Joseph Ratzinger – Bento XVI sobre a vida de Jesus, desde a Entrada em Jerusalém até à Ressureição.

Optei por este livro – ainda não li o primeiro – como forma de acompanhar o momento pascal segundo os olhos de Ratzinger. Não do Papa, mas do intelectual.

E da leitura das primeiras páginas há certezas e surpresas. A certeza de que Ratzinger é um intelectual de excepção que, com honestidade, não teme pôr em causa alguns dogmas – que seguidamente justifica e recupera para o domínio da Fé -, que faz as perguntas que todo o intelecto impõe, que a Razão obriga. A sua honestidade intelectual leva-o a questionar a visão “zelota” de Cristo, o seu cunho “revolucionário e alegadamente político”, a data da Ultima Ceia, etc. etc., sempre citando outros autores, que ora apoia ou discorda.

A surpresa prende-se com o estilo. É um texto simples, fluente, que qualquer pessoa é capaz de compreender, sem palavras escondidas.

Promete ser um bom auxiliar para viver os tempos que se aproximam com honestidade!

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