Apresentámos o livro de Fernando Ferraz da Silva “Bussaco: A Batalha e o Convento – 200 anos da Guerra Peninsular” no passado sábado, 1 de outubro, no Hotel Eden, em Luso.
Na ocasião, para além da própria temática da obra – que foi apresentada por Carlos Ferraz -, fizemos a apresentação do perfil do autor. Ferraz da Silva foi o primeiro Chefe de Redação do Jornal da Mealhada, o seu segundo diretor e colaborador assíduo desde o inicio do nosso “pontificado”.
Aproveitámos, então, a oportunidade para – inspirados pelo texto da Nota Introdutória da obra “Penacova e a República na Imprensa Local”, de David Almeida (e que será apresentado na próxima quarta-feira), em Penacova – sublinhar a importância da Imprensa Local como fonte histórica e historiográfica de valores, opções, prioridades, códigos, exigências e ambições sociais e politicas das comunidades.


Provavelmente já não haverá muito mais a dizer sobre a história da Batalha do Bussaco… apesar de eu ainda ter muitas curiosidades relativamente à temática, particularmente nos concelhos de Mortágua e Penacova, mas este livro de Ferraz da Silva vem trazer um acrescento à memória e à herança da Batalha.

Ferraz da Silva apresenta um episódio histórico com gente dentro e isso é uma perspectiva muito importante no contexto da apreensão local da história local – passe a redundância. È diferente perceber a história do que aqui aconteceu, com os nossos antepassados, mesmo, do que aconteceu lá longe, entre quem nada nos diz.

O contributo de Ferraz da Silva é muito importante e interessante. Porque se trata da compilação de textos publicados no Jornal da Mealhada durante quase uma no, marca, acima de tudo, a história da imprensa local, e abre (com a nossa para já adiada experiência da revista VIA) um precedente interessante no valor da historiografia da imprensa mealhadense.
Talvez para breve, a exemplo do que acontecerá em Penacova na próxima quarta-feira, possamos ter a história dos jornais impressa ém livros de História.
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