Adoro História. Especialmente a História desconhecida e desvendada que se bebe nas fontes simples e se sintetiza, como a de hoje ao almoço quando uma grande senhora da nossa terra me explicou – com a narrativa de dois pequenos episódios – a razão de ser de muito do seu passado com base num passado longínquo situado na sua infância e juventude.
Gosto muito da pesquisa e da conquista da verdade que está escondida, por desvendar, nos livros e nos espaços, nas vidas e nos objetos, à espera que alguém una as pontas soltas e encontre a panorâmica geral da floresta. A História Local permite isso, consegue ser um manancial imenso de informações que estão por tratar, por interpretar, por sistematizar. E há tanto, mas tanto para fazer nesta matéria – como a conversa com a Cláudia Emanuel, ontem, poderia provar.
Ontem à noite e hoje de manhã estive a rever e sistematizar a árvore genealógica com os descendentes do Alfredo e da Emília (os dois patriarcas dos Castelas de Sernadelo). Tinha ideia de produzir este documento mais para o final, e ir desvendando os antepassados com algumas fotos que tenho… mas um dos primos pediu para antecipar e temos de reconhecer que assim é mais fácil visualizar o quem-é-quem…
E isso, esse exercício antecipado, fez-me reconhecer que, muitas vezes, estamos tão preocupados com o passado que esquecemos o presente. Esquecemos que os laços da genealogia também se fazem através de uma aproximação aos consanguíneos. De que me vale saber quem são os meus oitavos avós se não conheço os meus primos de Coimbra, com quem é possível me cruzar diariamente, ou num casamento, e não saber sequer que temos antepassados comuns.
A arvore cuja primeira versão publiquei hoje no facebook e aqui (ver mais abaixo) tem muitas incorreções e acima de tudo muitas omissões. Mas foi admirável a maneira como quase imediatamente me começaram a chegar mensagens a dizer “corrige aqui ou ali”. Esta interação é brutal.
Fico à espera que, nomeadamente por aqui, façam as correções necessárias e fundamentais para que possa surgir uma nova versão em breve.

Agradecimentos ao Eduardo B Castela, pelos dados da família em Coimbra, ao Nando, ao Pecá, ao Calinas, ao Ruizinho, ao Filipe Castela e a Sandra pelas datas e alguns nomes.