É com regozijo e grande satisfação pessoal que me encontro na condição de ser autarca no momento em que a Câmara Municipal da Mealhada aprova a abertura do concurso público para a obra de um novo edifício dos Paços do Concelho. Contentamento que gostaria de sublinhar e de, com ele, agradecer o sacrifício dos trabalhadores municipais que ao longo dos últimos anos – se calhar décadas – têm procurado dar o melhor de si em condições indignas, inseguras, ineficazes, e, se calhar, até insalubres. A eles uma palavra de reconhecimento.
Agradeço, também, a todos os funcionários que sofrem a frustração de, pela distância de outros serviços – e até das lideranças politicas e operacionais – na prática por situações alheias à sua vontade, se vêm impossibilitados de servir melhor. A eles uma palavra de alento e de esperança.
O edifício dos Paços do Concelho da Mealhada já noutras alturas suscitou acalorados debates políticos. O concelho foi criado em 1836 e em 1888 o edifício da Câmara ardeu. A construção, e especialmente a localização, de um novo edifício foi motivo de grandes divisões. Passaram cento e trinta anos, mas não mudaram mentalidades: Por isso, agora, só se vê mais do mesmo.
Este edifício era em 1895, há 126 anos, amplo e moderno, capaz de albergar, para além da Câmara Municipal, outros serviços públicos. Um verdadeiro Fórum Municipal. Até 1974 o edifício dava para os serviços que havia…. com a Revolução de 1974, e especialmente com o reforço do Poder Local Democrático, a situação mudou radicalmente. Com o evoluir da situação, e o passar dos anos, promoveram-se aquisições de novos espaços. Descentralizaram-se serviços e a Câmara espalhou-se pela então vila, hoje cidade, da Mealhada.
Mas hoje este edifício está a ruir. Não tem condições e não garante (nem com mais obras o conseguiria fazer), sequer, aqueles preceitos que a Câmara exige aos privados.
No mandato de 2005-2009 foi apresentado um projeto de um novo edifício municipal – com uma localização entendível – mas com um custo previsto de 12 milhões de euros, à época, note-se! Apesar da necessidade, era exageradamente caro. Para esse projeto foram adquiridos terrenos e feitos outros projetos complementares.
Hoje, apresentamos a concurso um edifício sustentável, moderno, muito mais eficaz, até do ponto de vista energético. Um novo projeto que, curiosamente, e apesar dos anos que entretanto passaram, vai a concurso, hoje, por cerca de metade do preço!
Esta obra, este novo edifício, mudará completamente a forma de servir a população e, estou certo, haverá um incremento de eficácia e de qualidade do serviço público à população. Com a simpatia e com o zelo de sempre, mas com muito mais condições.
Esta é a melhor opção. Esta é a opção sustentável e eficaz energeticamente. Esta é uma opção financeiramente mais económica. Esta opção é urgente e cumpre a necessidade de uma solução urgente. Esta é a opção que melhor serve a população. Esta é a opção que os servidores municipais – os trabalhadores especialmente – merecem.
[2476.] ao #15386.º